AS ESTRELAS LAVAM OS TEUS PÉS
19 e 20 Maio
Sexta (Escolas) 10h30 e 14h30
Sábado 16h
CE M/6  Dança
Público alvo a partir dos 4 anos

Se nos deitarmos no chão numa posição invertida do corpo e levantarmos as pernas com os pés altos, lá no topo, será que as estrelas lavá-los-ão? E se nos levantarmos e esticarmos o braço, será que conseguimos agarrar uma estrela, comê-la e tornar o nosso corpo brilhante? As Estrelas Lavam os teus pés é um espectáculo que propõe uma experiência de “imagiação”, onde a imaginação é o motor para a magia acontecer e onde o acto de brincar faz-nos conhecer o mundo de outra forma. Este espectáculo cria, assim, um espaço lúdico de imagens em movimento, onde o corpo encontra formas híbridas entre animais, instrumentos e objectos, como se fosse um ritual de transformação.

Concepção artística e Interpretação Sara Anjo
Composição e Interpretação Musical Madalena Palmeirim
Assistência Artística Teresa Silva
Figurinos Sara Anjo
Co-Produção Fábrica das Artes – CCB

SOBRE A CRIAÇÃO / FOLHA DE SALA

As Estrelas Lavam os Teus Pés é um espectáculo que propõe uma visão para a infância do universo intrigante e desafiador do pintor Hieronymus Bosch, através do seu quadro Jardim das Delícias.

Serviu de inspiração à peça o poema Para Uma Polinização Bárbara, do Tratado de Botânica de Joana Serrado: «As estrelas lavam os teus pés. Dos teus pés crescem delícias. Logo, as tuas pernas são estrelas em delícias-estrelícias.». Com este ponto de partida para olhar o Jardim das Delícias de Bosch foi explorado em movimento coreográfico o imaginário infindável deste quadro, onde o corpo na sua multiplicidade cria movimento transformandose em jardins e em delícias, em monstros e noutras perícias.

Como expande o corpo a imaginação e a visão do mundo? O corpo é o motor do Ser no mundo, é pluridimensional, multifacetado e permite-nos cruzar o conhecimento com a fabulação, a experiência concreta com o mundo do fantástico e o mundo do simbólico. Este espectáculo de dança explora assim, a imaginação entre o figurativo e o abstracto, o real e o ficcional.