27 a 30 julho
3 CURTAS E 2 ATORES
quinta, sexta e sábado às 21h00
domingo às 19h00
M/ 16 anos | Teatro
60’
Memórias de um Psicopata – Criação e Interpretação: Bruno Schiappa; 18 minutos
Erzsébet Báthory, a condessa sanguinária húngara – Criação: Bruno Schiappa Interpretação: Anabela Pires; 18 minutos
A Carta da Corcunda para o Serralheiro – Texto: Fernando Pessoa Interpretação e Versão: Bruno Schiappa; 18 minutos
Memórias de um Psicopata
Trilogia em 18 minutos
Um autor criou uma personagem – o psicopata. Devido ao tédio que o seu quotidiano lhe instala, o autor, considerando que a personagem tem uma vida mais intensa e interessante do que a dele, assume o comportamento do psicopata.
Um ator fora contratado para interpretar ambas as personagens. Pelo facto de a vida do psicopata ter uma dimensão mais intensa, do que a sua, e apaixonado pelo processo de identificação do autor com a personagem, o ator assume, também, por sua vez, as práticas do psicopata. O público encontra-o já no limite. Limite, não no sentido nervoso do termo, mas do sublime.
A vida do ator já não é a que fora. E nada mais na vida lhe interessa depois de ter assumido as práticas do psicopata.
Com a calma de quem encontra alívio na morte, Rota (o ator) encontrou por fim pessoas que o compreendem e o vão ajudar no seu último ato. Rota está de malas aviadas para a eutanásia.
Erzsébet Báthory, a condessa sanguinária – Uma parábola sobre o poder
(a mulher que inspirou Bram Stoker)
Erzsébet Báthory (1560-1614) foi uma condessa húngara, acusada de ser uma assassina em série. Como o marido se ausentava muitas vezes para os campos de batalha com os turcos, Erzsebét raptava jovens donzelas para as torturar e degolar. Na esperança de preservar eternamente a sua juventude e beleza, bebia-lhes o sangue ou banhava-se com ele. Foi acusada de 80 crimes apesar de se apontar para um nº entre 250 e 600.
Aqui, vamos encontrar uma mulher que fala sobre os seus atos de modo simples e quotidiano, justificando os crimes com a sua fobia por teias de aranha.
Uma microtragicomédia “parabólica” de Bruno Schiappa com Anabela Pires.
A Carta da Corcunda para o Serralheiro
Uma parábola de todos os que nasceram com o corpo errado.
Uma mulher está tuberculosa, para além de ser corcunda. Ama em silêncio, e sofre em silêncio, um homem que, apesar de poder dar-lhe um sopro de felicidade, desconhece a existência de tal amor, da própria mulher e, mesmo que conhecesse ambas, a estranheza do corpo da mulher seria suficiente para aquele homem a desdenhar. No entanto, enquanto escreve a este Senhor António uma carta que nunca será lida, a mulher revela uma sensibilidade e uma consciência do funcionamento do mundo, superiores à de muitos que, do alto de uma “hegemonia” chauvinista, consideram que possuem.
Texto: Fernando Pessoa
Versão Cénica e Interpretação: Bruno Schiappa
Música Original: Bruno Schiappa
Duração: 18’
Género: Comédia Dramática